quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Há 14 anos, motorista se veste de Papai Noel e surpreende os passageiros do DF

Foto: Google

Há 14 anos, o ritual é sempre o mesmo nesta época do ano. Antes de sair para o trabalho, Claudino José Braga da Silva, 64 anos, incorpora o espírito de Natal, coloca sua roupa vermelha, barba e cabelos brancos e assume seu personagem preferido: Papai Noel. E assim segue para mais um dia de labuta pesada como motorista de ônibus do transporte público. Seguindo na linha W3 Norte/Santa Maria, ele faz a alegria dos cerca de 300 passageiros que transporta todos os dias. Para agradar ainda mais, leva doces para distribuir.

“É importante manter o espírito de Natal sempre perto das pessoas, porque o Natal é uma dádiva. Com isso, as pessoas se acalmam e ficam felizes, tanto elas quanto eu”, explica, com simplicidade, o simpático motorista. E realmente é isso que acontece. Quem não está acostumado a andar no ônibus de Claudino se surpreende e abre um sorriso ao entrar para a viagem que, dependendo do horário, pode ser longa e cansativa.

A doméstica Bárbara Maria Pereira, 53 anos, pega ônibus todos os dias para ir para o trabalho, mas esta semana foi a primeira vez que se deparou com Papai Noel e não escondia a satisfação com a surpresa. “Isso promove um divertimento. As pessoas estão muito estressadas todos os dias. Além de o ônibus ser cheio, o percurso é muito longo”, diz ela.

Segundo Bárbara, o ambiente no coletivo fica tão descontraído que os passageiros acabam puxando conversa uns com ou outros e a viagem fica mais leve. “É importante porque as pessoas estão esquecendo a tradição do Natal. A primeira coisa que farei quando chegar em casa é contar a história para meu netinho”.

Claudino conta que tudo começou meio por acaso. Ele havia ido a uma festa em que fez o papel de Papai Noel, se atrasou e não teve tempo de ir em casa trocar de roupa antes de seguir para o trabalho. Para não perder o horário, não teve dúvidas, foi com a roupa que estava. Os passageiros aprovaram a iniciativa e ele acabou mantendo o que chama de Projeto Papai Noel existe. Assim, o que começou por acaso acabou virando uma tradição, que persiste há 14 anos. “As crianças, principalmente, adoram. Muitos pedem para tirar fotos comigo”, conta ele, sem esconder a satisfação.

Ano passado, segundo Claudino, três motoristas aderiram à ideia e também trabalharam com a roupa de Papai Noel. Este ano ele não ainda não viu outros colegas assumindo o papel. O cobrador Paulo Rogério, 27 anos, acompanha de perto a transformação do colega motorista e conta que todo mundo passa pela roleta comentando a novidade. “As pessoas buzinam nos carros e acenam”, se diverte Paulo Rogério. Ele afirma que só não adere, “porque não pode haver dois Papais Noéis”, mas pensa, quem sabe um dia, em se vestir de duende e completar a fantasia.

Leia mais na edição impressa desta quinta-feira (15) do Jornal de Brasília.





Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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