terça-feira, 16 de agosto de 2011

Descaso sem fim

É como diz o ditado: “Nada é tão ruim que não possa piorar”. Certamente essa não é a vontade do torcedor gamense, mas essa máxima traduz bem a situação vivida pelo Gama nos últimos anos. Os números e os fatos não mentem e a realidade está aí para todos verem. Todos os problemas dentro e fora de campo são conseqüências da má administração da diretoria, inclusive da atual, que vem mostrando que nada mudou e que ela está apenas dando continuidade aos fracassos de um passado recente.


 Sob comando do ex-presidente Paulo Goyaz, que saiu pelas portas do fundo do clube no início deste ano, a equipe não conseguiu conquistar nenhum título e, pior do que isso, despencou da primeira para a quarta divisão do futebol brasileiro. Após o fim do campeonato estadual deste ano surgiu um dilúvio de informações dando conta de que o empresário Froylan Pinto assumiria o comando do clube. No entanto, o que parecia certo foi desaparecendo da mídia e nada se fala mais sobre esta possibilidade.

Sem Froylan Pinto, o vice-presidente Carlos Macedo assumiu o principal cargo executivo do clube e se juntou ao diretor Vilson de Sá e outros integrantes. Junto com essas pessoas chegaram novas perspectivas. A esperança era de que as coisas se encaixassem e que o time pudesse entrar forte na disputa da Série D do Campeonato Brasileiro.

O time estreou empatando as duas primeiras partidas, contra Anapolina e Tupi. A primeira vitória veio na raça, por 2x1 contra o Tocantinópolis, algo que não acontecia em campeonatos brasileiros desde o ano de 2009. Na rodada passada, o Periquito foi até Itumbiara-GO e acabou sendo derrotado por 2x0. A explicação do treinador Adelson de Almeida ao final da partida mostrou o quanto o clima interno não anda nada agradável. “O time não entrou em campo. Tem jogador querendo mandar no clube e não jogou nada”, disparou.

A conseqüência do resultado sobrou para dois jogadores, que foram dispensados no dia seguinte. O lateral Dudu, titular desde o início da competição e autor do golaço que garantiu a única vitória da equipe verde nesta Série D, contra os tocantinenses. Além de Dudu, quem também foi demitido foi o zagueiro Cauê.

Na versão dos dirigentes os motivos das demissões teriam sido indisciplina e deficiência técnica. Para os jogadores, as razões são as já conhecidas pelos torcedores: salários atrasados e falta de satisfação. Os jogadores teriam cobrado um posicionamento da diretoria e ganharam à carta de demissão.

Voltando um pouco no tempo, depois do encerramento do Candangão, o lateral Alan, o volante Éderson, o meia Elivelto e o atacante Bachin deixaram o clube por falta de salários e foram para o Brasiliense. Outros jogadores como o goleiro Vizzotto, o volante Thiago Gaúcho e o volante Everton também não chegaram a um acordo e seguiram outros destinos.

Atualmente na terceira colocação do grupo A5, o Gama soma cinco pontos. Ainda depende somente de suas próprias forças para passar a próxima fase. No próximo domingo vai ao interior de Tocantins enfrentar o Tocantinópolis. Uma derrota ainda não o eliminará da competição, mas deixará em situação delicadíssima.

Nesta segunda-feira, o treinador Adelson de Almeida “juntou os cacos” e comandou um jogo-treino contra o Brazlândia, da Segunda Divisão Candanga. O time continua se preparando durante a semana para encarar o Tocantinópolis no próximo domingo (21), longe de seus domínios.

Nos bastidores do clube circula uma informação de que outros jogadores podem deixar a equipe, caso a situação financeira não seja regularizada. Um resultado negativo na próxima rodada poderá significar o nascimento de mais uma crise em um dos clubes mais queridos pela população candanga.

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