Um levantamento da Companhia de Abastecimento e Saneamento de Brasília (Caesb) aponta que 24% de toda a água coletada em mananciais e poços profundos no Distrito Federal é perdida. Segundo os dados, o prejuízo vem de tubulações antigas e tanques com rachaduras, lavagem das estações de tratamento e ligações clandestinas.
Fazem parte do desperdício ou da água não tarifada, as perdas físicas, provindas de vazamentos em algum ponto da linha de distribuição ou do consumo das estações de tratamento. Neste caso, a Caesb costuma recuperar o prejuízo. "Com exceção de alguns grandes devedores, as pessoas pagam o que devem quando a água é cortada", afirma o diretor de comercialização da Caesb, Valtrudes Franco. Ainda assim, a inadimplência representa R$ 1,2 milhão mensais, cerca de 1,5% do faturamento da empresa.
Outro caso são as perdas aparentes, os chamados “gatos”, quando a água não é paga por inadimplentes ou por pessoas que fazem ligações clandestinas. De acordo com a Caesb, cerca de três mil casos de “gatos” são detectados pela empresa a cada ano. De janeiro a julho de 2011, foram 1.538. Prejuízo de R$ 69,8 mil por mês. Cada ligação clandestina representa um consumo médio mensal de 7,37 m³, que não é medido. Em valores, cada “gato” corresponde a R$ 45,41 que deixam de entrar no faturamento da empresa.
Apesar do quadro, a Caesb e especialistas em aproveitamento de água consideram o número “excelente”. Pois, comparado a outros estados, a média anual de perda de água no DF, medida em julho pela Caesb, foi a menor do País. Dados do Ministério das Cidades mostram que Roraima, por exemplo, é a recordista de perdas, com 70%.
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