quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Crimes de sequestro e homicídio aumentaram em 2011

Foto: Google

Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) referentes aos períodos de janeiro a dezembro de 2011 e de 2010 apontaram aumento de 33,9% dos crimes de sequestro (roubo com restrição de liberdade), 13,2% de casos de homicídios e 17% de tentativas de homicídio. No quadro geral, divulgado pela secretaria, contudo, houve uma queda média de 0,5% nos índices de criminalidade no Distrito Federal.

“Essas ocorrências estão diretamente relacionadas ao aumento da população e às melhores condições de compra e poder aquisitivo. Ou seja, há mais dinheiro e pessoas em circulação. No entanto, a SSP tem atuado com operações e projetos integrados para acompanhar o aumento populacional e o poder de compra da população do DF”, justifica o subsecretário de Integração e Operações de Segurança Pública (Sisop), coronel Jooziel Freire.

Outro aspecto a ser considerado na variação dos índices de crimes contra a pessoa, na avaliação do subsecretário, está relacionado ao fenômeno dos operadores do crime. Trata-se de vítimas de assassinato que tinham dívidas com a Justiça e respondiam a inquéritos policiais, Termos Circunstanciados, cumpriam prisão domiciliar ou provisória quando foram mortos. A atuação firme das forças policiais contra o crime, como, por exemplo, com a Operação Marco Zero, tem provocado a migração geográfica e de natureza das atividades praticadas por esses criminosos. Isso gera conflito e confronto entre esses grupo.


Para se ter uma ideia da relevância dos operadores do crime nessa estatística, dos 618 assassinatos registrados entre 1º de janeiro e 2 de dezembro de 2011, 60% das vítimas se enquadravam neste grupo. “Evitar um homicídio por acerto de contas ou dívidas com tráfico de drogas é difícil. São pessoas marcadas para morrer em razão do histórico de vida que tinham,” comenta o coronel Jooziel Freire.

Os crimes que registraram redução no ano passado estão relacionados ao trânsito (reduziram em 5,1% e tiveram menos 5% de ocorrências de lesão corporal culposa e menos 6,2% de homicídio culposo); crimes contra a pessoa (4%), contra o patrimônio (0,2%), e roubos e furtos de veículos (respectivamente 8,3% e 4,3%). A produção policial aumentou em 7,6%, com incremento de 33,2% contra o tráfico de drogas e de 20,5% contra o uso e porte de drogas.

Para o secretário de Segurança Pública, Sandro Torres Avelar, ainda há muito a ser feito nesta área essencial para o bem-estar da população do Distrito Federal. Mas o balanço geral de 2011 pode ser avaliado com otimismo, pois aponta para resultados promissores da implantação da política de Policiamento Integrado e Inteligente. “Esses indicadores não são motivo para comemorar, mas para trabalhar ainda mais ao longo deste ano de 2012. É satisfatório saber que o caminho adotado pelo Governador Agnelo Queiroz na área de segurança pública tem se mostrado acertado, com investimentos na frota, em equipamentos e na contratação de pessoal”, avalia o secretário.

Recursos

Em 2011, o Governo do Distrito Federal investiu mais de R$ 40 milhões nas Polícias Civil e Militar, no Corpo de Bombeiros Militar e no Departamento de Trânsito do DF. A frota das forças de segurança recebeu seis ônibus equipados com tecnologia de ponta, os chamados Comando Móvel, dois helicópteros para patrulhamento aéreo e oito barcos para a segurança do Lago Paranoá, além de quase 600 viaturas. A contratação de pessoal foi retomada e foram colocados mais 1,3 mil novos policiais militares para fazer o patrulhamento das ruas.

Na perspectiva do Policiamento Integrado e Inteligente, se por um lado é inviável manter um policial em cada esquina, porta de escola, lojas, transporte coletivo etc.; por outro, é possível utilizar ferramentas para analisar a ocorrência de crimes e, dessa forma, antecipar e prevenir eventos futuros, inclusive crimes contra a pessoa. Até o final do primeiro trimestre deste ano, a SSP/DF instalará 40 câmeras de vigilância que funcionarão 24 horas por dia, sete dias da semana, em locais do DF identificados como áreas de maior potencial de violência. Equipamentos para o monitoramento das imagens captadas por esses dispositivos, inclusive em viaturas policiais, também estão sendo colocados em funcionamento.




Fonte: Da redação do clicabrasilia.com.br

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